quinta-feira, 5 de março de 2009

Coisas que me irritam em narrativas clássicas



Resolvi escrever sobre coisas que me irritavam. Mas diante da iminente infinidade de coisas irritantes que esse mundo me proporciona, decidi ser mais específico. Restringindo essa abordagem “irritacional” ao âmbito das narrativas, notei que, mesmo assim, minha lista não é muito pequena.

Devo reconhecer que alguns dos elementos aqui citados são importantes para algumas narrativas, mas em casos mais gerais inevitavelmente irritam o sujeito.

Donzelas em perigo


As donzelas em perigo são ícones das grandes narrativas, desde quando esta se entende por gênero literário. É lindo, realmente, ver o mocinho enfrentar forças impossíveis de serem vencidas para resgatar a amada. Mas isso cansa!
 Por que um homem não pode ser seqüestrado por uma bruxa maníaca gostosa que vai trancar ele numa torre e mandá-lo ficar fazendo bordado eternamente? Por que o homem não bebe a lata de cerveja envenenada pela sogra?
 Nesses casos, por que a mulher não assume a posição de macho e vai salvar o mocinho? As mulheres lutam por igualdade, então por que não trocar os papéis? Deixa o mocinho dormindo enquanto a donzela acaba com a bruxa má e o dragão imenso? Isso me irrita.

Inimigos impossíveis e soluções inimagináveis


 Grande parte das narrativas de aventura tem essa característica. Existe um guerreiro invencível, o orgulho do povoado/nação/qualquer coisa. No começo esse guerreiro é desacreditado, e se torna amado da noite pro dia, quando resolve algum problema grande. Mas depois do problema é que vem a questão.
 Imaginemos um gladiador que surge do nada, ganha torneios e se torna um ícone. De repente surge a notícia de uma invasão no condado, quem poderá nos defender? (além do Chapolin). Justamente o herói. Mas o exército que vai invadir o condado é imenso, ou tem um dragão de sete cabeças. Como um homem mata um bicho desses? Simples, ele simplesmente pega a espada de Glinglow, no reino de Lofobis, com a guardiã da Lasagna. Isso definitivamente me irrita.

Escolhidos

Os escolhidos são sensacionais. Adoro o Neo, por exemplo. Um cara comum que vira o salvador da Terra. Mas e quando esse escolhido é um completo banana?
Os príncipes da Disney são meus alvos favoritos. Pra ser o herói da história você só precisa ser príncipe, bonito, determinado e branco. Está aí outro questionamento: por que a Disney nunca fez um filme com o príncipe da África resgatando a princesinha? (me antecipando a contra argumentos, me pronuncio de ante-mão: O príncipe do Egito não é preto!).
 E como eu digo que esses príncipes são bananas? Bem, analisemos o príncipe da Cinderela: se aparece outra mulher com o pé 37 ele casa com a mulher errada.

Por que alguma personagem que a gente gosta tem que morrer?

 Isso sempre acontece comigo! Eu estou lendo um romance e um dos personagens que eu mais gosto morre. Por quê? Nunca fui de gostar de protagonistas, gostei mais do coringa no Batman, e gosto muito mais do Shiryu do que do Seya em Cavaleiros do Zodíaco. 
 O que me dá mais raiva ainda é quando matam alguém que eu gosto no romance sem necessidade. O autor tem todo um trabalho para montar uma personagem, você começa a se identificar com essa personagem, e o autor vai lá e mata ela. Quando a morte dela desencadeia algo na trama, tudo bem. Você que abaixe a cabeça e se conforme. Mas quando a morte dele só serve pra diminuir o elenco, aí eu fico por conta.

Gêmeo/gêmea do mal


 Manifestação mais comum nos gêneros novelescos globenses ou sbterianos, este elemento é o que, sem sombra de dúvida, mais me irrita. O pior é que ninguém se toca que é a coisa mais cafona do mundo. Geralmente são duas mulheres: uma extremamente boa e a outra é a trainee do capeta. 
 A gêmea do mal sempre finge ser a do bem para enganar alguém. O grande problema é: se ela consegue fingir que é do bem como a gente sabe qual gêmea perdeu?
No fim da novela, a gêmea má vai presa e a boa fica com o Fábio Assunção. Mas e se for a gêmea má se fingindo de boazinha? Definitivamente, gêmea do mal é “LAMENTÁVEL” (SILVA, 2007 p.: início da UERJ – tempos modernos).

7 comentários:

  1. é kra
    todo filme e novela é a msm ladainha
    ¬¬

    ResponderExcluir
  2. hahahahahahahahahahaha

    estou rindo muitooooooooo aqui!!
    vc é muito ridículooo!!!
    pqp...

    LAMENTÁVEL o seu desfecho! rsrsrsrsrsrs

    acho q de tudo o q vc falou, a única coisa que não me irrita é o fato do mocinho ser branco... queria que ele fosse o q? cor de vc sabe o q? uahuahuahauhua
    e tb... o atual mocinho da malhção é negro, num é!?
    tá bom... desculpa! eu sei que malhação não é narrativa que se prese (é com "s" msm?)

    beijos, pessoaaaa

    ResponderExcluir
  3. éeeeee

    o que mais me irrita é a gemea do mal.. é tão ridículo que eu sempre acabo torcendo pra que a malvada consiga ferrar a gemea boa para esta deixar de ser babaca rsrsrs

    espirituoso seu texto! rs xD

    ResponderExcluir
  4. KKKKKKKKKKKK...
    Nossa, mto bom!!!!! Bem original o seu texto, principalmente na parte da reivindiação para o mocinho/herói ser preto, ou melhor, afro-descendente rsrsrs...
    Ah! mto engraçado tb a parte q fala das "donzelas em perigo"(MTO bom!!)Mas eu acho q se houver essa "troca de papéis"("a mulher assumir a posição d macho" e, logo, o homem a posição de fêmea) q vc tah falando, é capaz dos homens gostarem... E aí, meu amigo, será um eterno "bloco das piranhas" carnavalesco!!!! Tô brincando, eu sei q vc tah falando c/ relação às narrativas, se bem q... Deixa p/ lá!!! O importante mesmo é reconhecer a soberania feminina q transcende qualquer narrativa, pois como vc mesmo citou nós, mulheres, lutamos por igualdade...Mas intrinsecamente tdos nós sabemos q somos superiores!!!!!
    Explanações à parte, adorei seu texto assim como tdo o seu blog!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ( Viu, coloquei mais q duas exclamações, kkkkkkkk)
    Laís:)

    ResponderExcluir
  5. hahahhaha
    mto bom amor!
    Bem... nós lutamos por igualdade.. mas é bom ter um principe nos salvando... por isso q as histórinhas fazem tanto sucesso... rsrs
    hahah essa soluções impossiveis tbm me revoltam... mas fazer o q??? não se questiona a arte... hauahauahauah
    e isso de gêmea boa e má... bem... só pra vc ter idéia.. gosto tanto como gosto de filme de cachorro q joga futebol e fala.... rsrs

    ameeiii... mto legal...
    e viu? comentei! :P

    ResponderExcluir
  6. Adorei seu texto!!!
    Claro q tem sempre um mocinho pra salvar a donzela...senão vcs homens não teriam destaque nenhum nas histórias..é só pra vcs acharem q são importantes um pouquinho!!rs (Viva o dia internacional da mulher!!!rsrs)
    É..realmente nunca vi príncipes negros!! Mas ai provavelmente a mocinha ia ser negra tbm..eles nunca colocam um casal "misto", vc e Kelly deveriam reevindicar isso!!rs
    Aaa adorei td (a parte do príncipe da Cinderela foi ótimo!)..mas não vou comentar de tds né!! Olha o tamanho do comentário já!!rs
    bjinhusss...

    ResponderExcluir
  7. ahuauhauhauhhua
    adorei o desfecho dos inimigos impossíveis com uma solução inimaginável!!!rsrsrsrrsrs
    pior q é sempre assim mesmo!!!
    Quase morri de rir, vc se superou nesse texto, adoro essa sua "versão cômica".
    Amei!!!
    bjux***

    ResponderExcluir